Quantcast
Channel: A Justiceira de Esquerda
Viewing all articles
Browse latest Browse all 22652

: Energia o nó de todos conflitos né,Iraque!!!

$
0
0


Capacidade instalada de parques eólicos dobra

Enviado por luisnassif, seg, 15/04/2013
Do Brasilianas.org
Eólica evita R$ 1,6 bi em encargos decorrentes do uso de térmicas
Por Lilian Milena
A oferta de energia eólica evitou R$ 1,6 bilhões em encargos decorrentes do acionamento das usinas termelétricas, segundo o primeiro boletim anual divulgado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), nesta segunda.
"Só em dezembro, a energia eólica evitou cerca de R$ 500 milhões em Encargos por Razão de Segurança Energética", reforçou o presidente do conselho administrativo da ABEEólica, Otávio Silveira, durante coletiva de imprensa realizada nesta manhã. O relatório aponta que, considerando o ano passado, se não fosse a fonte eólica o total de encargos recolhidos seria de R$ 3,4 bilhões, duas vezes o valor cobrado dos consumidores em 2012.
Hoje, a capacidade instalada de energia eólica no Brasil é de 2,5 gigawatts (GW), praticamente o dobro da quantidade registrada em 2011 (1,4 GW). Os leilões realizados de 2009 a 2012 resultaram na contratação de aproximadamente 7,1 GW em novos projetos, quantidade que elevará para 8,8 GW a capacidade instalada de eólica, até 2017, triplicando a oferta dessa fonte no país.
Segundo a ABEEólica, os novos projetos deverão atrair mais de 10 bilhões de dólares em investimentos, até 2017. Em 2012, a capacidade implementada foi responsável pela geração de R$ 3,5 bilhões em investimentos. A presidente da associação, Élbia Melo, pontuou entretanto que dos 2,5 GW de potencial instalados de eólica 622 megawatts não alcançam hoje ao consumidor final por conta de atrasos em obras de linhas de transmissão, especificamente, para ligar três usinas ao SIN, duas no Rio Grande do Norte e uma na Bahia.
Diferenças tecnológicas
O relatório divide a constituição do parque eólico brasileiro em dois momentos.A 1ª fase, realizada graças a recursos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), foi responsável pela contratação de 1,3 GW até o final de 2008. O restante (1,2 GW) contratado a partir de 2009 marca a 2ª fase, mais competitiva e sem os subsídios do governo.
Os primeiros parques eólicos no Proinfa foram instalados com aerogeradores de 600 quilowatts de potência e 48 metros de altura. Já os aerogeradores da 2ª fase possuem 100 metros de altura e potencia entre 1,6 e 3 megawatts (MW). O fator capacidade, ou seja, a razão entre a produção e a geração efetiva das usinas em determinado período de tempo, foi superior entre as usinas de 2ª geração, com média de 54% contra 27% da média produzida pelas usinas construídas no período do Proinfa.



"O fator de capacidade mostra o quanto estamos com um modelo [de geração] mais eficiente. Isso responde às críticas de que a fonte eólica é instável", ponderou Élbia que também admite que 2012 foi um ano geologicamente favorável a formação de ventos.
Contribuição da fonte eólica aos reservatórios
A fonte eólica representa apenas 2% da matriz elétrica brasileira hoje, ainda assim, foi possível medir o impacto da capacidade instalada das usinas eólicas sobre o armazenamento nos reservatórios de hidrelétricas. Em dezembro de 2012, em função da grande capacidade das hidrelétricas situadas no eixo Sudeste e Centro Oeste, a fonte eólica foi responsável por um aumento do nível de armazenamento de 0,35%, no mês.
“A fonte eólica exerce uma função muito importante no Sistema Interligado Nacional (SIN), ao fornecer energia elétrica com maior intensidade no segundo semestre do ano, ocasionando, portanto, melhores índices de armazenamento nos reservatórios”, completa o relatório.
No ano passado, a energia eólica gerou o suficiente para abastecer uma população igual a da cidade do Rio de Janeiro, com 6,3 milhões de habitantes. O dado foi calculado conforme o padrão de consumo médio residencial no Brasil, de 160 quilowatt-hora (KWh), calculado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).


Acesse abaixo Boletim Anual da ABEEólica
 

A técnica do fracking e a contaminação das águas nos EUA

Enviado por luisnassif, seg, 15/04/2013
Por Assis Ribeiro
Do Viomundo
por Heloisa Villela
A cor da água, em alguns casos barrenta, em outros, leitosa, não é nada convidativa. Mas as duas jarras de água suja que os moradores de Dimock, na Pensilvânia, me mostraram, preocupados, não provam nada. São poucas. Por isso a organização Aliança da Pensilvânia por Água e Ar Limpos reuniu uma amostra bem maior: 1.100 jarras de água. Todas contaminadas. Imprestáveis para o consumo. E a PróPublica documentou mil acidentes (vazamentos, incêndios e explosões) no estado de Dakota do Norte, apenas em 2011.
Muita coincidência… Mas a contaminação e os acidentes aconteceram depois que o fracking se instalou nos dois estados. A tecnologia, criada nos anos 40 pela Halliburton (aquela do ex-vice-presidente Dick Cheney), foi usada de forma experimental nos anos 70. E se tornou uma febre depois do ano 2000, quando o preço do gás começou a subir. As empresas se valem do fato de não haver regulamentação federal para esse tipo de exploração de petróleo e gás.Cada estado estabelece suas próprias normas. E ainda pior: o governo George W. Bush isentou o fracking das leis federais que regulamentam a qualidade da água e a qualidade do ar no país.
Ou seja, fica tudo por conta de cada estado. E aí, entram os lobistas e o dinheiro. Até mesmo o governador da Califórnia, Jerry Brown, conhecido amigo dos ambientalistas, está tentado. A chance de encher o caixa do estado com arrecadação de impostos e gerar empregos é muito grande. Na Pensilvânia, alguns moradores que hoje tem uma água escura jorrando da torneira de casa, acusam o governador de ter recebido doações das empresas de fracking para engordar o cofre da campanha eleitoral. E por isso, ter facilitado o uso da nova técnica no estado.
Mas não são apenas os políticos que se encantam com os cifrões. As empresas dão aos donos das terras parte dos royalties faturados. Assim, vão comprando e dividindo a população. O governo federal vai fazendo vista grossa. A Casa Branca de Barack Obama fez uma opção: diz que contar com os combustíveis fornecidos pelo fracking é melhor do que poluir o ar usando carvão.  Os ambientalistas discordam. Dizem que o metano liberado na atmosfera, na extração via fracking, é pior para o efeito estufa do que o dióxido de carbono que vai parar no ar quando se queima carvão. Sem falar na grande quantidade de água – hoje um bem cobiçado – que o fracking bebe.
O uso dessa nova técnica repete uma característica marcante da cultura americana: fazer primeiro para depois descobrir as consequências. Especialmente quando existe lucro na jogada. É assim com uso de agrotóxicos, sementes geneticamente modificadas, remédios, etc. A sociedade do hoje não tem a menor preocupação com o amanhã. A não ser para garantir, na marra se necessário, o fornecimento de combustível futuro – vide a guerra do Iraque.


E justamente para depender menos de ditaduras ou países instáveis do Oriente Médio, a tentação de produzir aqui mesmo o que se consome é enorme. Mas um grupo de seis pesquisadores, das duas costas do país, garante que a autossuficiência é viável sem petróleo ou energia nuclear.  E puseram tudo na ponta do lápis. Publicaram um estudo na revista Energy Policy defendendo que Nova York pode trocar toda a matriz energética do estado até 2030 para usar, exclusivamente, energia produzida a partir do vento, água e sol.
O grupo já fez o mesmo estudo para a Califórnia. “É o maior estado do país”, justificou um dos autores do projeto, o professor Mark Jacobson, da Universidade Stanford, na Califórnia. Diretor do programa de Energia e Atmosfera da Universidade, o professor Jacobson disse ao Viomundo que o grupo já tem um mapeamento e uma proposta concreta de substituição energética para o mundo inteiro, e para os Estados Unidos em particular. Eles garantem que o planeta poderia viver apenas com a energia das três fontes renováveis. Mas entendem que “vender” essa ideia tão abrangente seria impossível.
– É bem mais fácil trabalhar na esfera estadual, explicou.
O estudo sobre Nova York chegou na hora certa e não foi por acaso. O governador Andrew Cuomo está na bica de aprovar ou rejeitar o uso do fracking.Até agora, a técnica foi proibida em apenas um estado, Vermont. Maryland está discutindo os riscos e vantagens. Mas Dakota do Norte, Pensilvânia, Ohio e Texas mergulharam na novidade, que a França proibiu.
Em Ohio e Oklahoma, foi preciso suspender temporariamente a exploração em alguns condados, no fim de 2011, porque foram registrados vários tremores de terra. Segundo o geofísico Art McGarr, o fracking está apenas antecipando, forçando tremores que, eventualmente, aconteceriam mesmo. Geólogos do Observatório Lamont-Doherty, da Universidade de Columbia, montaram um grupo somente para pesquisar se a nova forma de prospecção pode causar terremotos.
Pelo sim, pelo não, voltamos ao estudo das energias renováveis. Os cientistas perguntam se faz sentido arriscar a contaminação dos lençóis freáticos para extrair da terra um combustível que vai acabar de qualquer forma. É apenas uma questão de tempo. Por que não partir logo para a substituição que será inevitável? O projeto dos cientistas está nas mãos da organização Solutions Project para ser levado aos políticos do estado de Nova York e ao governador Andrew Cuomo. No começo de março, Cuomo adiou a decisão a respeito do fracking, mas prometeu uma resposta em breve.
O professor Jacobson disse que o grupo submeteu todas as fontes de energia a uma análise rigorosa e avaliou primeiro o impacto de cada uma delas no meio ambiente, na saúde da população, no aquecimento global e se oferece garantias de fornecimento de energia a longo prazo. Os riscos de catástrofes (energia nuclear) e o consumo de água também foram incluídos na análise. As energias hidráulica, eólica e solar saem na frente em todos os quesitos. Por isso os estudiosos partiram para a proposta de substituição completa da matriz energética de Nova York mapeando locais de instalação de turbinas, painéis, tetos solares, etc.
Garantem que para cada milhão de dólares investido na indústria de petróleo e gás, são criados 3,7 empregos diretos e indiretos, enquanto o mesmo investimento nas energias eólica e solar gera entre 9,5 e 9,8 empregos. Segundo os cientistas, a substituição completa da matriz energética de Nova York, que inclui toda a frota de veículos públicos e particulares, geraria 4,5 milhões de empregos, no processo de substituição, sendo 58 mil deles empregos permanentes.
O professor Jacobson e seus colegas já fecharam o estudo sobre a Califórnia, estão bem adiantados no projeto sobre o estado de Washington e vão detalhar propostas para os 50 estados americanos.
Aqui, em inglês, o estudo completo sobre Nova York.
Jose Mayo
O "fracking" não tem nada de novo. Desde o início da "era do petróleo" se trabalha com perfuração do solo e uso de aditivos químicos e físicos, além da pesquisa e desenvolvimento de múltiplos materiais e ferramentas que facultassem, e facultaram, maior eficiencia na exploração do "ouro líquido". Contrariamente ao "senso comum", não existe petróleo, ou gás, "livre" na natureza; Os desenhos esquemáticos, tipo os do livro "O Poço do Visconde", de Monteiro Lobato, com todos os elementos da jazida separadinhos (agua embaixo, petróleo no meio e gas encima), são apenas isso: Desenhos esquemáticos.
Não existem jazidas de petróleo e gás, circulando em "rios subterraneos" ou preenchendo cavernas, como se veias ou pulmões fossem, na profundidade do solo. Na natureza, o petróleo e o gás são "formados", juntamente com a rocha que os contêm, a partir de depósitos de matéria mineral e orgânica, ditos "sedimentares", que vão pousando, camada a camada, ao longo das eras. É no interior desses blocos heterogêneos, com todos os seus elementos constituintes misturados entre si, que a matéria orgânica vai se decompondo pela ação de bactérias e, a partir delas e conforme que condições físico-químicas predominem, os hidrocarbonetos ali formados vão reagindo uns com os outros e se transformando e reformando.
Daí que nomes como "petróleo", assim como "gás", em realidade não designam uma "substãncia", mas um grupo de substâncias que, embora com algumas características em comum, de modo nenhum são iguais; Cada petróleo ou gás de cada região e, mesmo se, dentro de uma mesma região, de formações geológicas distintas, é diferente um do outro, demanda processos de "refino" diferentes um do outro, e oferece produtos derivados também diferentes, não só, mas principalmente, na proporcionalidade em que se encontram naquela solução e, portanto, não têm, como não poderiam ter, a mesma utilidade e mesmo preço de mercado e nem sequer a mesma "clientela", já que, quem tem as suas refinarias preparadas para destilar o petróleo "pesado" de Campos, não pode usar as mesmas torres para o "superpesado" da Venezuela, ou o "superleve" da Arábia Saudita.
Para complicar mais o assunto, cada campo, e dentro dele cada poço, também demanda, pelas suas características geológicas e físico-químicas, abordagens diferentes na exploração do petróleo, ou gás. Em alguns casos, a proporção e qualidade do gás é de tal modo "ruim", que é mais barato simplesmente queimá-lo que aproveitá-lo comecialmente, daí os "fogareiros", em altas torres, que se observam em determinados campos e plataformas de petróleo, queimando gás noite e dia. Em outros, o gás é de boa qualidade e existe em quantidade, mas o petróleo é escasso ou muito "viscoso" para que possa ser extraído da matriz rochosa e, então opta-se pela especialização em produção de gás  deixa-se o petróleo lá, como é o caso da Bolívia.
Alguns casos, como o do nosso pré-sal, apresentam características que parecem permitir tanto a exploração de petróleo como a de gás, mas isso complica mais o processo e torna-o mais caro, já que as duas modalidades de exploração demandam logísticas distintas; Se houvesse necessidade, por exemplo, de liquefazer o gás do pré-sal e depois regasificá-lo para a sua utilização, muito poucas empresas de petróleo no mundo se atreveriam. Nem mesmo a Petrobras. Mas como está perto do litoral e como "trezentos e poucos quilômetros" de gaseoduto, em termos de indústria petroleira, custam uma ninharia... É possível que o Campo de Júpiter possa nos dar alegrias, algum dia.
Todo campo, e cada poço, de petróleo é tradicionalmente explorado em três fases distintas. A primeira fase de exploração, também chamada de "primária", tem relação com as características físicas do campo e do poço e é estudada nas "provas de longa duração". Nelas se verifica se as condições de pressão, temperatura e viscosidade do petróleo e a porosidade, permeabilidade e natureza química da rocha que, se em conjunto permitissem um bom fluxo expontaneo do petróleo à superfície, seria a forma "ideal" de exploração; Fazer o furo... e encher os barris! Geralmente não é assim e, quando é, a fase primária de um poço não alcança mais que de um 10 a 15% do petróleo in situ.
A segunda fase, seria a de "recuperação", em que, iniciado o declínio de produção "expontanea" do jazimento, seriam necessários "estímulos", tais como bombeamento, injeção de tensoativos, solventes, gases sob pressão, água, vapor e outros meios capazes de "forçar" o óleo depositado a fluir para a superfície e continuar a produção. Nesta fase, consegue-se alcançar, com muito boas condições geológicas, até 30 a 40% (raramente) do petróleo in situ.
A fase terciária, ou "Recuperação Melhorada de Petróleo" (RMP), é que é o "jogo bruto" dessa história. O seu limite é o preço; Enquanto existia petróleo barato e abundante, capaz de satisfazer o mercado consumidor (mesmo que sobrasse só "um litro"), a RMP encarecia demais o "produto" e não era deflagrada na maioria dos poços, até porque, compreensivelmente, ninguém trabalha para ter prejuízo. O "fracking" estava nessa categoria; não foi para o gás, especificamente, que o "fracking" foi desenvolvido.
O que o tornou útil para o gás, também não foram os aditivos químicos; são os mesmos usados desde sempre na produção melhorada de petróleo, assim como também são os mesmos os "riscos". O problema que havia é que, praticar o "fracking" num poço vertical, pouco acrescenta em termos de produção e muito em termos de custos, então, o seu preço era proibitivo porque eram necessários muitos poços, desde a superfície, o suficientemente próximos para que "fracking" alterasse a geologia do jazimento de maneira suficiente a melhorar o fluxo de extração e, fazer tanto furo pra tão pouco efeito, não fazia sentido.
A "grande virada" aconteceu com o desenvolvimento das técnicas de "perfuração horizontal" e com a mudança na logística de exploração. Hoje, as três fases de exploração estão indistintas; Ninguém espera o poço "começar a cair" para iniciar a recuperação, já se entra "com tudo" desde o início da exploração e com isso ganha-se em produtividade que, com os preços praticados no setor hoje em dia e a demanda garantida, justifica-se.
Isso foi o que tornou o "fracking" econômicamente atrativo. Agora, a partir de um mesmo poço vertical, alcança-se a rocha petrolífera e, já dentro da rocha alvo, perfura-se em todas as direções, eliminando a necessidade de novos furos desde a superfície. Essa "rede" de furos estendidos, a partir de um mesmo poço, é submetida ao "fracking" de uma só vez e, com certeza, altera as características geológicas do jazimento a ponto de recuperar poços que, desde há muito, já tinham sido abandonados por improdutivos.
Acreditam, os estudiosos do assunto, que com o "fracking" associado á perfuração horizontal, é possível estender as expectativas de "petróleo recuperável" para cerca de 60% do petróleo no sítio, ou seja, pelo menos 20% a mais que com as técnicas empregadas até agora, em depósitos geológicos já conhecidos. Isso é muito em termos energéticos; não estamos falando só de novos campos, mas de retorno às atividade na maioria dos campos "antigos".
Diante disso, o "shale gas" é só um "aperitivo"

Hydraulic Fracturing 3D Animation

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=fFUxq9UolN4

Os gringos podem agora obter energia de suas torneiras. E ainda reclamam.
Re: A técnica do fracking e a contaminação das águas nos EUA


Viewing all articles
Browse latest Browse all 22652