Participante, denunciante e testemunha dos esquemas de corrupção envolvendo o senador Aécio Neves se torna preso político em plena democracia
Nesta segunda-feira, 06, a Polícia Civil de Minas Gerais distribuiu nota a imprensa, informando que;
“Foi preso hoje, pela Polícia Civil, Nilton Antônio Monteiro, cuja prisão preventiva havia sido decretada pela justiça estadual de Minas Gerais. A prisão foi requerida pela autoridade policial, com parecer favorável do Ministério Público, e decretada pelo juízo da Vara de Inquéritos policiais de Belo Horizonte. A decisão foi proferida em decorrência de Nilton Monteiro, preso no ano 2011 e solto pelo juízo, ter praticado reiteradamente diversos crimes. O principal motivo da prisão foi o fato de Nilton Monteiro apoiar em documentos falsos, inserindo em processo, para se habilitar um crédito inexistente, calcado em falsidade não só documental, mas em fraude. Nilton Antônio Monteiro é investigado em diversos inquéritos policiais e processos judiciais pela prática dos crimes de estelionato, falsidade documental, comunicação falsa de crime, uso de documento falso e formação de quadrilha”.
Por ter participado, rompido e ser testemunha ocular e detentor de toda documentação que comprova os diversos esquemas de corrupção montado pelas principais figuras da classe política mineira após a “Nova Republica”, Nilton transformo-se em “risco permanente”, principalmente diante da pretensão do senador Aécio Neves em disputar a Presidência da República em 2014.
Afinal, quem é este Nilton Monteiro que desperta tanto pavor, obrigando que os integrantes do Governo de Minas, apoiados pelo próprio governador Anastasia, se exponham ao executar diversas prisões, comprovadamente arbitrarias até então apenas no intuito de desacreditá-lo?
Sabidamente Nilton Monteiro não é santo, foi interlocutor entre os esquemas de corrupção montados após a conquista do Estado pelo lado podre da política mineira através da “Nova República”.
Devido ao seu pequeno porte físico e cara de criança era conhecido pelas diversas organizações criminosas que atuaram nas varias áreas do setor público como o filho de Sérgio Naya."
Sérgio Augusto Naya nasceu em 1942 em Laranjal, zona da mata mineira, na época um aglomerado de casas dentro da fazenda da família Flores, maior produtora de café da região. Formou-se engenheiro no final dos anos 1960 em Juiz de Fora e mudou-se para Brasília, onde muitos empresários da construção civil faziam fortunas.
Na capital federal aproximou-se do Poder pelas mãos do general Golbery do Couto e Silva que costumava repetir: "Esse menino tem instinto para ganhar dinheiro." No final dos anos 1970, já sócio da construtora Sersan, o governo militar lhe delegou a construção do polêmico "Bolo de Noiva", que levou nove anos para ser concluído.
No governo João Figueiredo, associou-se ao empresário Paulo Octávio, à época genro do ministro da Marinha, Maximiano da Fonseca, para a construção do hotel St. Paul, onde a Marinha adquiriu 40 dos 272 apartamentos.
Em 1986, tentou uma vaga para a Assembleia Constituinte pelo PMDB-MG, mas obteve apenas a suplência, vindo a assumir a vaga no ano seguinte, devido à cassação de Mário Bouchardet (PMDB-MG).
Em 1990, concorreu novamente a deputado federal sendo o mais votado de Minas Gerais. Em 1994 obteve um terceiro mandato, desta vez pelo PP, o qual não cumpriu até o final, devido á sua cassação em abril de 1998.
Conhecedor dos “atalhos” da maquina pública federal em Brasília, Naya, na condição de deputado, passou a administrar um grupo de colegas recém eleitos, igualmente sem qualquer compromisso e tradição política, em paralelo ao esquema que mais tarde transformou-se na CPI denominada “Anões do Orçamento”.
Tratava-se de uma operação montado na Câmara Federal para fraudar a aplicação dos recursos fruto das emendas parlamentares e outros dispositivos do Orçamento da União.
Com a cassação dos integrantes do denominado “Anões do Orçamento”, Sérgio Naya passou a operar de 1993 a 1998 o gigantesco esquema de corrupção junto a Comissão de Orçamento da Câmara Federal.
Diversos deputados e empresas participavam deste esquema e por indicação e representando os interesses de Naya, Nilton foi o operador, ou seja, atuava do início ao fim do processo, mantendo contato com as empresas para negociar o valor da propina que seria paga, assim como fazia o recebimento das mesmas com a entrega ao deputado ou político beneficiado.
Como as emendas dos parlamentares levavam tempo para serem pagas e por conseqüência o recebimento da propina combinada, Sérgio Naya cobrava juros para antecipar para os parlamentares os valores a serem recebidos. Como garantia os deputados entregavam a Naya uma Nota Promissória ou documento equivalente oficializando a dívida.
Após a Rede Globo divulgar vídeo de reunião política em Três Pontas, interior de Minas Gerais, onde o Naya confessou vários crimes, dentre os quais que ele falsificara a assinatura do então governador Eduardo Azeredo, Sérgio Naya é cassado, passando a partir desta data a delegar a Nilton Monteiro a cobrança do cumprimento dos acordos assim como os recebimentos das dívidas assumidas pelos deputados federais e outros políticos.
Monteiro, como todo lobista, tinha uma participação no que conseguia “prospectar”. Esta é a palavra utilizada nas rodas de lobistas, nada mais que uma comissão. Com a crise financeira, devido à queda de dois prédios no Rio de Janeiro, com seus bens indisponíveis, Naya passou diversas destas dívidas para Monteiro, assim como, devido sua fidelidade de anos, principalmente quando esteve preso e depois em sua doença, indicou-o seu herdeiro.
De posse dos documentos e após cassação e posterior morte de Naya, Nilton, sem sucesso, tentou receber e os devedores passaram a questionar as dívidas sob a alegação de que não teriam assinado. Tudo porque Naya havia dito em uma reunião política em Três Pontas que falsificara a assinatura de Eduardo Azeredo, quando governador de Minas Gerais, isso se transformou em argumento.
O esquema de Furnas, embora atribuído a Dimas Toledo, na verdade o mesmo era apenas testa de ferro do pai de Aécio Neves, o ex-deputado Aécio Cunha, que do Conselho de Administração da empresa comandava tudo. Era para Aécio Cunha ter ocupado a presidência de Furnas após a posse de Sarney, pois este era um compromisso de Tancredo.
Porém, assim que Sarney assumiu estourou o mega escândalo, do Brasilinvest, um banco de investimento pertencente a Mario Garnero, que se casara com uma herdeira do poderoso Grupo Monteiro Aranha, que possuía 20% do capital da recem-instalada Volks, do Brasil. Nos anos 70, Garnero assumiu cargo na Volks, como representante do grupo.
No auge do chamado “Brasil Grande”, junto com o "Bilderberg Group", ele montou um congresso em Salzburg, Alemanha, para onde convergiu a nata do capitalismo mundial da época. Do encontro surgiu a ideia do banco de investimento, com a participação de grandes multinacionais, incumbido de preparar projetos para investimentos externos no país.
O Brasilinvest emprestava para um conjunto de holdings de nomes africanos, controladas por ele próprio. Aí, na condição de presidente do banco, ele convocava os acionistas para aumentos de capital. E definia prazos incompatíveis com a lentidão do processo de decisão das grandes multinacionais.
Um dos membros do Conselho da Brasilinvest era Aécio Cunha, pai de Aécio Neves. Os outros três eram os mais influentes empresários brasileiros: Smidt, Sauer e Mauro Salles.
Aécio Cunha também se encontrava desgastado, pois no período em que Figueiredo esteve internado em Cleveland, para operar do coração, armou-se uma conspiração civilista no país, tentando colocar o vice-presidente Aureliano Chaves na presidência.
Essa operação deu-se entre os líderes empresariais reunidos pelo jornal Gazeta Mercantil. Participaram dela desde o empresário Abílio Diniz até economistas como Luiz Gonzaga Belluzzo e João Manuel Cardoso de Mello. Seria o caminho mais rápido para abreviar a sucessão para um civil. Figueiredo teria sido avisado por Garneiro e Cunha, abortando tal iniciativa.
Nilton, embora freqüentasse esta roda, nada sabia sobre as ligações políticas que o envolviam e passou a ser utilizado por integrantes do grupo para mediar conflitos. Diante da possibilidade da perda de seu cargo em Furnas, Dimas Toledo entregou a Monteiro a Lista de Furnas para que fosse entregue ao grupo de Aécio Cunha que o abandonara.
Assim como Claudio Mourão entregou-lhe a documentação relativa ao Mensalão Tucano para que Monteiro apresentasse a Azeredo obrigando-o a honrar uma dívida milionária que o levara a perder tudo.
Revoltado e sem qualquer Poder para obrigar que seus devedores lhe pagassem, partiu para o ataque cobrando judicialmente as dívidas, denunciando e apresentando os documentos que tinha e testemunhando o que sabia. Diante do antecedente criado pela confissão de falsificação por Naya da assinatura de Azeredo, apoiado pelo que existe de mais podre nas Polícia Civil, Ministério Público e no Judiciário, tentam agora desacreditar Monteiro, prendendo-o sob a acusação de falsário. Ninguém, contudo, ressalta que Naya, em suas declarações, afirmara o que falsificara e que fora ele próprio quem fizera.
Novojornal disponibiliza abaixo cópia da transcrição do vídeo que motivou a cassação de Sérgio Naya, para que o leitor faça sua análise. Com o auxílio de parte da mídia, da Polícia Civil, Ministério Público e Judiciário, os Tucanos Mineiros querem desacreditar a testemunha de seus atos de corrupção.
Novojornal deixa de citar o nome dos devedores de Monteiro, pois não teve como obter esta informação devido ao fato dele estar preso, porém, assegura que a maioria das cobranças está sendo analisadas pela Justiça, que comprovou a autenticidade das mesmas. Como Novojornal já noticiou, autoridades do Governo de Minas em vez de pagarem suas dívidas, mandam prender e sumir com seus credores.
Este é o Nilton Monteiro que sabidamente é hoje um homem marcado para morrer.
Documento que fundamenta esta matéria
SERVAS, a grande lavanderia do Governo Mineiro
Instituição beneficente comandada por Andréa Neves vem, há uma década, operando gigantesco esquema de lavagem de dinheiro e desvio de doações
Após publicação da reportagem do Novojornal; “Andréa Neves: A Dama de R$ 2 Bilhões de Reais”,inúmeras denúncias chegaram à nossa redação relatando a participação da presidente do SERVAS em diversos esquemas de corrupção espalhados pela máquina pública do Estado de Minas Gerais, do fornecimento de material para merenda escolar, passando por obras, indo até medicamentos e equipamentos hospitalares.
Em uma primeira análise, nossa reportagem teve dificuldade em constatar se as acusações eram ou não verdadeiras, seja pelo volume de empresas e autarquias a serem consultadas ou o medo e pânico dos fornecedores de materiais e serviços quando seu nome é citado.
Sabidamente na área de obras, as negociações são conduzidas por Oswaldo Borges da Costa e as demais áreas encontram-se entregues à própria estrutura de compra de cada Órgão, formada por profissionais indicados por políticos, transformando-se em fonte de arrecadação dos mesmos.
A dúvida era de como operava Andréa Neves neste gigantesco esquema onde centenas de fornecedores participavam? Para nossa surpresa, as respostas às indagações encontravam-se em uma simples carta contendo três folhas, dando-nos o norte a seguir.
Descobrimos que assim como vem ocorrendo na área da construção civil, através do Sicepot, em outras áreas o esquema repete-se através das entidades patronais ou associações que organizavam o esquema de “quem ganha quem perde”. Nos acordos coordenados pela “organizadora”, um pedágio em forma de doação ao SERVAS é cláusula constante.
Até agora a grande queixa da classe política mineira em relação ao Serviço Voluntário de Assistência Social- SERVAS, era de que, embora com a finalidade de promover, independente de questões partidárias, a assistência social no Estado de Minas Gerais, a instituição transformara-se, a partir de 2003, em uma enorme e poderosa arma política e eleitoral, favorecendo na capital e no interior, através de seus programas, apenas a entidades aliadas de políticos pertencentes à denominada base aliada do governo mineiro.
Como narrado anteriormente, de posse de uma pequena denúncia contendo um relatório, que segundo ele teria sido anteriormente encaminhado sem sucesso ao Procurador Geral de Justiça de Minas Gerais, Alceu Torres, após dois meses de pesquisa e consulta a diversas empresas, associações, sindicatos e entidades filantrópicas, Novojornal constatou que as atividades do SERVAS vão muito além do que atuar eleitoralmente como braço auxiliar de prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais através da distribuição de diversos benefícios para instituições ligadas aos mesmos.
Em função do acordo celebrado e utilizando-se do fato de ser uma entidade filantrópica, desta forma isenta de impostos, o SERVAS vêm dando cobertura fiscal e contábil a diversas operações financeiras, através de doações que ocorrem logo após os certame licitatório e assinatura dos contratos. A denúncia relata que um volume significativo de doações ocorreu nos períodos eleitorais, fornecendo as empresas, associações e sindicatos recibos, criando um caixa “secreto”, com valor e destinação não alcançável por qualquer fiscalização.
Do relatório constam os seguintes institutos, sindicatos e associações patronais como os interlocutores e fiscalizadores do “acordo”, celebrado:
Instituto Coca Cola Brasil, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG),Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Minas Gerais (Senac-MG), Sistema Fiemg/Sesi,Sistema Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Sistema Fecomércio-MG/Sesc/Senac) Associação dos Bancos do Estado de Minas Gerais/Sindicato dos Bancos de Minas Gerais, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP),Associação Comercial de Minas Gerais (ACMinas),Associação do Comércio de Materiais de Construção de Minas Gerais (Acomac-MG)Associação Mineira de Supermercados (Amis),Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH),Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg)Federação das Associações Comerciais, Industriais, Agropecuárias e de Serviços do Estado de Minas Gerais (Federaminas),Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg), Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Minas Gerais (Fhoremg),Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg)Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos e Lojas de Conveniência no Estado de Minas Gerais (Minaspetro),Sindicato das Empresas de Transportes de Belo Horizonte (Setra-BH),Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Minas Gerais (Sindpass),Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram),Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG),Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG),Sindicato das Indústrias do Vestuário no Estado de Minas Gerais (Sindivest-MG),Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), Associação Comercial da Ceasa,Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias/Abima.
As empresas “doadoras”, conforme o relatório:
Ricardo Eletro, Cemig, AeC, Alcance Engenharia e Construção Ltda, Andrade Valladares Engenharia e Construção Ltda, Banco BMG,BH Shopping, CCM Construtora, Conserva de Estradas, Consita, Construtora Asteca, Construtora Barbosa Mello, Construtora Centro Minas,Construtora Cowan, Construtora Emccamp Ltda, Construtora Sagendra,DRB Construtora,Emive Sistemas de Segurança, Energisa, Engesolo Engenharia Ltda, Fidens Engenharia, Griffe Show, Grupo Asamar, Grupo Bel, Grupo VDL,Grupo Zema, Hipolabor Farmacêutica Ltda, Infracon Engenharia e Comércio Ltda,JAT Transporte e Logística,Libe Construtora, Líder Operacional – OAS, Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda, Patrus Transportes Urgentes Ltda, Rede Eletrosom,San Motors, Santa Bárbara Engenharia, Trip Linhas Aéreas, Wanmix, Construtora Andrade Gutierrez, Libe Construtora, Construtora Uni, Ale Combustíveis,Banco Itaú , Cemig , Copasa, Madeirense Móveis do Brasil, Magnesita , MRS Logística,MRV Engenharia, Nestlé Brasil ,Tambasa Atacadistas, Usiminas,V & M do Brasil, Ematex,Leme Engenharia ,Anglo American, Usiminas,Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), Construtora Mendes Júnior, Atacadista Opção – Ceasa,Auto Cidade,Bretas Supermercados,Carrefour Comércio e Indústria, Casa Rena,Castorama do Brasil Materiais para Construção,CBA – Cestas Básicas,Cia. de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira,Cia. de Vendas, Cia. Vale do Rio Doce,Cirúrgica Santé,Clin-Off do Brasil,Colchões Ortobom,Color Têxtil Participações,Continental Material de Construção,Confecções Abrahão,Continental Material de Construção,Cotonifício José Augusto,Cruzeiro Esporte Clube,Dental Capital,Deplast, Empresa de Transportes Martins,Empresa de Transportes Transaguiar,Epa Supermercados,Expresso Mercúrio,Extra Supermercados,Farmácia Belle Eterne,Farmaconn,Faster Road Express,Hiper Bom Marchê,Hiper Via Brasil,Icasa,ICL Industrial Cachoeira,Indústria Plastibom,ITD Transportes,Jamef Transportes,JAM Engenharia,Leite Dona Vaca,Minas Goiás,Orthocrin Colchões,Patrus Transportes,Plasdil – Plásticos Divinópolis,Rede de Concessionárias Volkswagen,Rettori de Plástico,Roche Produtos Farmacêuticos,Rodoviário Ramos,Rodoviário Vale do Rio Doce,Sada Transportes e Armazéns,Supermercados ChampionTeksid do Brasil,Tora Transportes Industriais,Transportadora Itapemirim,Transrefer,Usifast Logística Industrial,VIC Transportes,Vito Transportes,Wall-Mart do Brasil,Banco Bradesco,Oi – Empresa de Telefonia Móvel,Camter Construções e Empreendimentos,Leme Engenharia,TCM – Engenharia Empreendimentos,Acesita,Banco ABN AMRO Real,Banco Mercantil do Brasil,Banco Pottencial,Santa Bárbara Engenharia,Tora Transportes,Unibanco,Vallourec & Mannesmann,Comim Construtora,Construtora Emccamp, Construtora Visor,Empa Serviços de Engenharia,Ibiá Engenharia e Comércio,KTM Administração e Engenharia,Mello de Azevedo,Rio Grande Engenharia e Construções,Socienge Engenharia e Construções,Via Construtora,Brasfima Participações,Brasiltec,Construtora Caparaó,Construtora Queiroz Galvão,Fiatengineering do Brasil,Financeira Alfa,Garra Telecomunicações,Líder Táxi Aéreo,Mastec Brasil,MRS Logística,Oregon Participações e Administração.
No passado, em 2005, apenas uma denúncia contra o SERVAS foi feita pelo Sindieletro em relação à CEMIG que, após a substituição da frota própria por veículos alugados, doara os veículos para entidades no interior do Estado. Pela denúncia, mais de 400 carros, a maioria para transporte de passageiros e caminhões deixou de ir a leilão e estariam sendo doados para instituições numa operação intermediada pelo Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas).
As doações feitas pelo Servas levantaram suspeitas de beneficiamento de entidades como parte de estratégia eleitoral. Antes de serem transferidos para as entidades, os veículos tiveram a identificação da Cemig retirada em uma oficina mecânica no bairro Amazonas, em Contagem. Dezenas de carros sem a logomarca da Cemig aguardam novo destino no pátio da empresa, na Cidade Industrial.
Comprovou-se na época que no Detran alguns carros já tinham sidos transferidos, primeiro para o Servas e depois para as instituições como a Loja Maçônica Cristal do Oriente, em Teófilo Otoni, Creche Nahi Simão, em Passos, e Obras Sociais do Pilar, em São João Del Rei.
A denúncia gerou apenas um procedimento no Tribunal de Contas de Minas Gerais que através do parecer do conselheiro relator Wanderley Ávila foi arquivada.
Fontes não oficiais da Receita Federal informaram que há anos vem sendo encontrado, nos maiores contribuintes do Estado de Minas Gerais, uma quantidade atípica e superior ao permitido para efeito de compensação tributária de recibos de doações ao SERVAS, tendo sido neste caso todos glosados, com posterior comunicação ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público Estadual, em ambos, segundo apurado, não existe qualquer procedimento.
Em um levantamento e análise de diversas publicações no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais,Novojornal constatou que todos os programas do SERVAS recebem recursos públicos que praticamente os mantém desta forma não teriam como as doações recebidas serem aplicadas nos mesmos, a não ser quando as doações são de produtos ou serviços.
De posse das informações, Novojornal procurou as entidades e empresas participantes que, de maneira unânime, se recusaram a comentar o fato. O SERVAS, consultado, reconheceu ter recebido doações das empresas listadas, recusando-se a informar suas aplicações, assim como apresentar suas demonstrações financeiras, embora nos termos de seu Estatuto;
Artigo 24-O SERVAS dará publicidade, por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, ao relatório global de atividades e das demonstrações financeiras da entidade, ficando à disposição para exame de qualquer cidadão.
Assim como em relação as verbas de publicidade, onde Andréa Neves gastou em 10 anos R$ 2 bilhões de reais sem qualquer prestação de contas na área de Assistência Social, no mesmo período teria arrecadado e dado destinação que bem entendeu a R$ 750 milhões.
O valor citado baseia-se no levantamento constante da denúncia e não confirmado devido a recusa do SERVAS em fornecer suas demonstrações financeiras. São eles R$ 6.250 milhões mensais e R$ 75 milhões anuais, totalizando em 10 anos R$ 750 milhões.
Esta é a realidade atual das instituições mineiras, onde os detentores do Poder alem de não cumprirem a Lei, contam com a cumplicidade de quem o deveria fiscalizar.