Durante os primeiros oito dias de operação Ágata VII, que apresenta um grande contingente de soldados do Exército Brasileiro na fronteira, o movimento de pessoas e veículos caíram 50% na cidade de Foz do Iguaçu, o efeito sobe para 70 % em Ciudad del Este, no lado paraguaio, o que impacta o comércio fronteiriço.
Os controles são apertados, tanto na área da Ponte da Amizade e do pedágio, no km 29, São Miguel do Iguaçu.
Desde a última quarta-feira (22), as patrulhas foram estendidas para as águas do Rio Paraná, com o claro objetivo de interromper a atividade dos já “famosos” portos clandestinos instalados em ambos os lados, que se opõem pelas autoridades brasileiras.
Os controles são apertados, tanto na área da Ponte da Amizade e do pedágio, no km 29, São Miguel do Iguaçu.
Desde a última quarta-feira (22), as patrulhas foram estendidas para as águas do Rio Paraná, com o claro objetivo de interromper a atividade dos já “famosos” portos clandestinos instalados em ambos os lados, que se opõem pelas autoridades brasileiras.
O Brasil que a Folha esconde
VAREJO
Empresas avançam no comércio virtual Mercado on-line cresce 20% por ano no Brasil. Faturamento em 2013 chegará a R$ 30 bilhões
Empresas avançam no comércio virtual Mercado on-line cresce 20% por ano no Brasil. Faturamento em 2013 chegará a R$ 30 bilhões
ANTONIO TEMÓTEO
Para diminuir custos com aluguel e funcionários, a designer Natália Miti criou uma marca de sapatos e vende os produtos exclusivamente pela internet |
Interessadas em expandir os negócios e multiplicar o faturamento, pequenas e médias empresas investem pesado na criação de lojas virtuais. O setor, que em 2012 movimentou R$ 25 bilhões, passou a atrair cada vez mais empreendedores dispostos a aumentar as vendas, expandir a carteira de clientes ou reduzir custos com espaço físico. De olho nessa tendência, companhias especializadas na criação de plataformas para internet aproveitam o bom momento do mercado.
A designer de produtos Natália Miti se enquadra nesse perfil. Após concluir o curso superior e acumular experiência por meio de estágios em fábricas de roupas e acessórios, ela resolveu investir no próprio negócio e criou uma marca de sapatos. Atenta à expansão dos e-commerces, fugiu da tradição de abrir uma loja e decidiu vender e divulgar a marca dos produtos pela internet, por meio de uma rede social, enquanto uma empresa especializada desenvolve a loja virtual.
Natália conta que teria custos excessivos para alugar um imóvel e manter funcionários. Por isso, optou pela internet como canal de vendas. Ela comercializa, em média, 100 pares de sapato por mês, com valores entre R$ 99 e R$ 199. “Se eu tivesse uma loja em shopping ou no comércio de rua, teria de cobrar o dobro do preço. Há vantagem em realizar as vendas on-line, porque posso cobrar um valor mais competitivo”, diz.
Os sócios João Pedro e Lucas (em pé) precisaram aumentar a equipe para atender à demanda crescente |
Enquanto a plataforma de vendas pela internet não fica pronta, ela recebe os pagamentos somente via boleto bancário. Com o e-commerce em operação, também oferecerá a possibilidade de os clientes usarem cartões de crédito e débito para pagar as compras. “As vendas vão aumentar significativamente”, prevê Natália, sem fazer previsões da expansão do faturamento.
No Brasil, a possibilidade de comprar produtos e serviços on-line surgiu na última década, capitaneada pelas grandes empresas de varejo. O mercado, que cresce em média 20% por ano, ainda deve expandir significativamente. A expectativa é que o setor fature pelo menos R$ 30 bilhões em 2013. Dos 90 milhões de usuários de internet do país, apenas 15% fazem compras em lojas virtuais. Nos Estados Unidos, esse percentual é de 80%.
Pioneiras na venda de produtos pela internet, as empresas americanas devem faturar US$ 258,9 bilhões com o comércio eletrônico este ano, crescimento de 15% em relação aos US$ 225,2 bilhões registrados em 2012, segundo dados do Departamento de Comércio dos EUA.
Planejamento
O conselheiro executivo da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Alexandre Miranda, ressalta que com a expansão do acesso a internet e com o crescimento no número de brasileiros com smartphones, as vendas on-line tendem a disparar nos próximos anos. Ele detalha que pelo menos 20% do faturamento do setor está ligado a vendas de pequenas e médias empresas. “Depois que as grandes companhias criaram esse canal de vendas, as firmas de menor porte perceberam que poderiam competir se investissem em nicho específico e público-alvo definido”, analisa.
Dados da ABComm indicam que 56% dos novos usuários de comercio eletrônico pertencem à chamada classe C. “Essas pessoas querem comprar, estão conectadas. Cada vez mais, as empresas investem no comércio eletrônico porque sabem que fora da internet não conseguirão manter a competitividade. Mas isso deve ser feito com planejamento, com auxílio de profissionais. Não é um negócio para amadores”, aconselha.
Conforme Vinicius Pessin, especialista em comércio eletrônico e presidente da E-smart, as empresas que têm os melhores resultados com vendas on-line planejaram um investimento na internet auxiliadas por consultorias do setor. Ele explica que o e-commerce é uma ferramenta que oferece ao consumidor a comodidade de comprar sem sair de casa e ter acesso a produtos que às vezes não estão disponíveis nas lojas das cidades.
Pessin destaca que 70% das demandas que recebe para desenvolver plataformas de vendas on-line são de pequenas e médias empresas. “Os segmentos de joias e semijoias, linha branca, suplementos alimentares, roupas e acessórios são os que mais se destacam. Quem encontra nicho e tem um bom produto consegue competir”, completa.
90 milhões
Total de brasileiros com acesso à internet
O crescimento das vendas da indústria de cosméticos garante um horizonte promissor não apenas para as grandes empresas globais, mas também para marcas brasileiras, cujo desempenho tem se destacado apesar da concorrência acirrada do setor.
Destaque nacional
O crescimento das vendas da indústria de cosméticos garante um horizonte promissor não apenas para as grandes empresas globais, mas também para marcas brasileiras, cujo desempenho tem se destacado apesar da concorrência acirrada do setor. A Phisalia, fabricante de 120 linhas de produtos de higiene e beleza para o público infantil, com sede em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, estima em 20% o crescimento das vendas para este ano.
“O consumidor da classe C está mais exigente, mais maduro e aprendeu que nem sempre o melhor produto é o mais caro ou o de marca famosa”, explica o diretor executivo da empresa, Eduardo Amiralian. Em 2012, a Phisalia faturou R$ 40 milhões, aumento de 35% sobre o resultado do ano anterior.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basilio, afirma que “inúmeros fatores permitiram crescimento da indústria acima dos dois dígitos nos últimos 17 anos”. Entre essas razões, ele destaca o aumento da expectativa de vida, a expansão da classe média, a modernização das fábricas e os ganhos de produtividade.
Em 2012, de acordo com a entidade, a categoria fragrância faturou em preços de fábrica R$ 5,4 bilhões, com crescimento de 15,9% em relação ao ano anterior. Já o segmento de desodorantes obteve o resultado de R$ 3,3 bilhões, um aumento de 9,7%. As vendas de produtos para banho tiveram um crescimento de 15,7%, alcançando R$ 3,4 bilhões.
“Os investimentos mostram que inovação é realmente um dos pontos focais do setor”, diz Basílio. Em 2012, as indústrias de HPPC aplicaram R$13,6 bilhões em Ativos, Pesquisa & Desenvolvimento e Fortalecimento de Marcas, montante 18% maior que em 2011. (ACD)
"O consumidor da classe C aprendeu que nem sempre o melhor produto é o mais caro”
Eduardo Amiralian, diretor executivo da Phisalia
Loja em Paris da Sephora, que planeja se instalar em Brasília |
O crescimento das vendas da indústria de cosméticos garante um horizonte promissor não apenas para as grandes empresas globais, mas também para marcas brasileiras, cujo desempenho tem se destacado apesar da concorrência acirrada do setor. A Phisalia, fabricante de 120 linhas de produtos de higiene e beleza para o público infantil, com sede em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, estima em 20% o crescimento das vendas para este ano.
“O consumidor da classe C está mais exigente, mais maduro e aprendeu que nem sempre o melhor produto é o mais caro ou o de marca famosa”, explica o diretor executivo da empresa, Eduardo Amiralian. Em 2012, a Phisalia faturou R$ 40 milhões, aumento de 35% sobre o resultado do ano anterior.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basilio, afirma que “inúmeros fatores permitiram crescimento da indústria acima dos dois dígitos nos últimos 17 anos”. Entre essas razões, ele destaca o aumento da expectativa de vida, a expansão da classe média, a modernização das fábricas e os ganhos de produtividade.
Em 2012, de acordo com a entidade, a categoria fragrância faturou em preços de fábrica R$ 5,4 bilhões, com crescimento de 15,9% em relação ao ano anterior. Já o segmento de desodorantes obteve o resultado de R$ 3,3 bilhões, um aumento de 9,7%. As vendas de produtos para banho tiveram um crescimento de 15,7%, alcançando R$ 3,4 bilhões.
“Os investimentos mostram que inovação é realmente um dos pontos focais do setor”, diz Basílio. Em 2012, as indústrias de HPPC aplicaram R$13,6 bilhões em Ativos, Pesquisa & Desenvolvimento e Fortalecimento de Marcas, montante 18% maior que em 2011. (ACD)
"O consumidor da classe C aprendeu que nem sempre o melhor produto é o mais caro”
Eduardo Amiralian, diretor executivo da Phisalia