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Channel: A Justiceira de Esquerda
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HADDAD: REPRESSÃO POLICIAL FOI ESTOPIM DOS PROTESTOS

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"Se as forças de segurança tivessem agido de maneira sóbria, democrática, o movimento não teria ganhado a força que ganhou", avalia o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, na primeira longa entrevista depois da onda de manifestações iniciada pela capital, concedida ao Brasil Econômico; petista define integrantes do Movimento Passe Livre como "ingênuos, mas espertos" e entende que "os meios de comunicação de massa, a TV aberta, tiveram papel mais fundamental" que a redes sociais na repercussão do movimento

15 DE JULHO DE 2013 

SP247 – Prefeito da capital onde foi iniciada a onda de manifestações populares, primeiramente contra o aumento da passagem do transporte público, Fernando Haddad (PT) vê a enorme mobilização como o resultado de "movimentos de placas tectônicas muito diferentes, que de certa maneira não tinham relação entre si". Segundo ele, "foi como camadas se sobrepondo, gerando um tremor, um abalo das estruturas". Na primeira longa entrevista após os protestos, concedida ao jornal Brasil Econômico, o petista diz ainda que a repressão policial foi o estopim. "Se as forças de segurança tivessem agido de maneira sóbria, democrática, o movimento não teria ganhado a força que ganhou", afirma.

Haddad, que resistiu nos primeiros dias a revogar o aumento da tarifa do transporte na cidade, principal reivindicação do Movimento Passe Livre, define seus integrantes, com quem se reuniu, como "ingênuos, mas espertos". Isso porque, segundo o petista, "eles resgataram uma ideia que era do PT nos anos 80, da prefeita Luiza Erundina, que teve a coerência de sugerir a tarifa zero com uma fonte de financiamento específica, no caso o IPTU progressivo", mas "ficam com a parte boa da ideia, sem dizer como os prefeitos vão financiar".

O prefeito de São Paulo acredita que os meios de comunicação de massa "tiveram papel mais fundamental" que as redes sociais na repercussão do movimento, afirma que sua aproximação do governador tucano Geraldo Alckmin "não é ideológica, é institucional", classifica de "complexa" a relação entre o governo federal e a base aliada no Congresso e garante que "não há dúvidas" de que a candidata do partido à presidência da República em 2014 seja a presidente Dilma Rousseff. Para ele, o movimento "Volta, Lula" existente no partido precisaria "encontrar ressonância no personagem".

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